quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SOBRE O 30 DE AGOSTO EM JUNDIAÍ

por CSP-Conlutas, Jundiaí

Estamos acostumados à desmobilização e desmoralização da vontade de luta que os trabalhadores têm, por parte da imensa maioria das direções sindicais atuais. O último dia 30 de agosto em Jundiaí, dia nacional de lutas, foi bem nessa linha.

Pela manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos promoveu uma paralisação reduzida, de uma ou duas horas, em quatro fábricas: Alfredo Teves, Takata, KSB e Sifco.

Foram cinco mil metalúrgicos parados. De uma base composta por pelo menos quarenta e cinco mil, cinco mil pararam. O Sindicato não promoveu nenhum ato político no dia 30, não chamou uma concentração dos trabalhadores na cidade, e não preparou o movimento para lutas maiores. Ainda que o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e região não seja filiado à CUT, cumpre o mesmo papel de correia de transmissão do governo que a CUT vem cumprindo no país inteiro.

O boicote da CUT em todo o Brasil e em nível local

Existem setores combativos e honestos no interior da CUT, como o CUT Pode Mais, na luta contra o modelo econômico vigente, e pela reorganização dos trabalhadores. Mas a CUT majoritária, oficial, fez um esforço para esvaziar o dia 30 em todo o Brasil, para evitar um desgaste ainda maior do governo Dilma. 
 
Na região do ABC, a CUT não se mobilizou para parar os metalúrgicos. Ainda em São Paulo, onde dirigem os bancários, nem uma assembleia foi realizada para uma paralisação da categoria. No Rio de Janeiro, boicotaram a manifestação unificada que reuniu 3 mil pessoas. 
 
Em Jundaí e região ocorreu o mesmo. Os sindicatos dirigidos pela CUT não moveram uma palha para que o dia 30 se concretizasse, ao contrário do que fizeram, ainda que timidamente e de um modo fraco, no dia 11 de julho. Para não desgastar o governo federal e o governo municipal, e para não se desgastarem a si mesmos.

A CSP-Conlutas perante o 30 de agosto em Jundiaí 
 
A Central Sindical e Popular cumpriu o papel que lhe cabe como uma alternativa de organização e de luta para os trabalhadores, preparando o dia 30 com os trabalhadores, em porta de fábrica e por outros meios, para exigir do sindicato operário a paralisação. Estamos conscientes de que, neste momento de reorganização da classe trabalhadora, apenas a renovação das direções sindicais, a partir da base, pode garantir vitórias a curto, médio e longo prazos para a classe.

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